Para enviar o robô Curiosity a Marte em agosto deste ano foram necessários 10 anos de trabalhos e o envolvimento de 1.500 pessoas entre engenheiros da Nasa, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, sigla em inglês), pesquisadores e empresas colaboradoras. O robô foi levado ao espaço protegido por uma cápsula e alçado na superfície do planeta vizinho por um guindaste, em uma operação classificada por Willian Allen, líder de projeto de sistemas mecânicos do Laboratório de Ciências de Marte (MSL), como aquela que "eu não faria novamente", em entrevista para a imprensa após palestra nesta terça-feira (6) como convidado do Siemens PLM Connection em São Paulo. A garantia de que nenhuma parte fosse danificada durante a operação de separação das partes foi um dos grandes desafios do projeto, considerado pela equipe de desenvolvimento como a mais complexa já realizada.
A construção do braço mecânico do Curiosity, responsável pela coleta de material na superfície de marte, envio de fotos e dados é parte mais complexa da estrutura robótica. “Brincamos que o robô é um braço mecânico com rodas”, diz Allen. Para coordenar os movimentos e realizar a captura de dados um hardware chamado MLS foi desenvolvido. A fabricação de peças, componentes, hardwares e softwares é feita internamente pelos engenheiros dos centros de pesquisa da NASA e colaboradores. “Nós não temos o prazo da indústria e temos a responsabilidade de desenvolver aquilo que nunca foi feito antes”. Allen complementa “tudo o que fazemos está em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento. Nosso programa de pesquisa em Marte prevê um envio de sondas a cada dois anos, nem todas do porte de Curiosity. A intenção é enviar astronautas até 2050”.
Conheça mais sobre o projeto Curiosity em parceria com a Siemens PLM na primeira edição de 2013 da Revista Manufatura em Foco.
Juliana Passos, colaboração para o CIMM
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